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Portugal increases contribution to ESA to stimulate scientific and technological development

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O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) e o Presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) participaram na reunião do Conselho Ministerial da Agência Espacial Europeia (ESA) que se realizou nos dias 1 e 2 de dezembro na Suíça.

Ao encontro que reuniu os ministros dos países-membros com a tutela científica, tecnológica ou industrial, Portugal levou a proposta de aumentar a participação na ESA em 30,5 milhões de euros para os próximos 6 anos, o que representa um aumento de 43% face ao valor atualmente comprometido para o período 2017-2022. A FCT será responsável por cerca de 25% deste investimento, e o remanescente será alocado às contribuições dos Ministérios da Economia, do Planeamento e Infraestruturas. Portugal propõe-se assim reforçar a posição na ESA para estimular a participação de empresas e instituições em programas na área do espaço e o seu posicionamento estratégico no Atlântico. Neste âmbito, está em estudo a criação e instalação nos Açores do Centro Internacional de Investigação para o Atlântico (Air Center – Atlantic International Research Center, em inglês).

Portugal é membro da ESA desde 2000, estando a FCT a coordenar as atividades da Delegação Portuguesa e a participação de empresas e institutos de I&DT nacionais nos programas Espaciais da ESA, incluindo os programas implementados ao abrigo do Acordo-Quadro ESA-União Europeia. A adesão foi essencial para estimular a participação de investigadores e instituições nacionais em programas de elevada intensidade e relevância científica e tecnológica. Portugal participa com cerca de 0,5% do esforço orçamental dos 22 Estados Membros da ESA, o que nos últimos quinze anos tem contribuído para uma sólida colaboração entre a indústria e a comunidade científica nacional no desenvolvimento e utilização das aplicações espaciais com enorme impacto, em áreas como a instrumentação científica e de sensores para missões planetárias, software avançado para navegação e controlo de satélites, novos materiais e compósitos (com base em cortiça) para estruturas de satélites e lançadores, gestão e operação de infraestruturas tecnológicas para a simulação da reentrada de satélites na atmosfera da Terra e o seguimento da trajetória de grandes lançadores, entre outras.

As competências e aplicações espaciais Portuguesas têm sido transferidas com sucesso para outros setores de elevado impacto e valor económico, tal como a aeronáutica, setor automóvel, naval, ferroviário, energia, observação da terra, agricultura, segurança e proteção civil, comunicações e realidade aumentada. Entre empresas e academia, cerca de 110 entidades portuguesas fornecem ou já estiveram em projetos com a ESA, o que representa um retorno direto para o País de cerca de 155 Milhões de euros  — traduzindo-se em 2015 num retorno industrial acima dos 100%, tendo em conta a contribuição nacional na organização.

O ecossistema espacial em Portugal é sustentado por recursos humanos altamente qualificados. Para quem queira iniciar carreira nessas áreas, estão neste momento abertas as candidaturas aos Estágios Tecnológicos na ESA, no ESO e no CERN para quem tenha concluído a licenciatura há menos de 6 anos ou o Doutoramento há menos de 4 anos. A FCT apoia 18 bolsas nesse âmbito. Saiba mais aqui.

 Image credits: http://www.esa.int/por/ESA_in_your_country/Portugal/Lisboa